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Formigas-de-Embaúba: Um Projeto Que Une Escolas e Natureza Através da Agrofloresta

  • Foto do escritor: Gregório Ramon
    Gregório Ramon
  • 18 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de dez. de 2024


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A conexão entre educação e meio ambiente nunca foi tão necessária. Em tempos de desafios climáticos e urbanização acelerada, o projeto “Formigas-de-Embaúba” surge como uma iniciativa inovadora para transformar a relação de estudantes com o mundo natural. O projeto está implantando agroflorestas em escolas públicas de São Paulo, combinando práticas de agroecologia com a educação ambiental.


O grande objetivo do “Formigas-de-Embaúba” é ocupar terrenos subutilizados das escolas para criar agroflorestas produtivas. Essas áreas são projetadas para funcionar como um ecossistema natural, mesclando espécies nativas e culturas agrícolas em um sistema que promove equilíbrio ecológico e produtividade. Além de enriquecer o ambiente escolar com mais verde, o projeto oferece aos jovens uma oportunidade única de aprender sobre o cultivo sustentável e a preservação ambiental de forma prática e direta.


Por Que Agroflorestas nas Escolas?

Muitas escolas enfrentam a dificuldade de incluir a educação ambiental prática no currículo devido à escassez de áreas verdes e recursos. Essa limitação contribui para a crescente desconexão dos jovens com a natureza, tornando-os menos conscientes sobre questões ambientais e a importância da sustentabilidade. Agroflorestas, no entanto, são uma solução que vai além de um simples plantio de árvores. Elas simulam o funcionamento de uma floresta natural, promovendo biodiversidade, conservação do solo e resiliência climática, além de oferecerem um espaço educativo dinâmico.


O projeto é fundamentado nos princípios da agroecologia, uma abordagem que integra práticas agrícolas com a proteção dos ecossistemas. Essa combinação proporciona benefícios ambientais, como a melhoria da qualidade do solo, aumento da infiltração de água e captura de carbono, enquanto serve como um laboratório vivo para os estudantes aprenderem sobre biologia, sustentabilidade e manejo agrícola.


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Foto: unep.org


Etapas do Projeto

A implementação das agroflorestas segue um processo estruturado e altamente participativo. Inicialmente, a equipe do projeto realiza uma análise das áreas disponíveis nas escolas para identificar as melhores condições de plantio. A seguir, são organizadas oficinas práticas que envolvem alunos, professores e voluntários da comunidade.


As oficinas incluem atividades como:

  • Diagnóstico do solo e preparação da área.

  • Seleção de espécies nativas e agrícolas adequadas para a agrofloresta.

  • Plantio de árvores frutíferas, leguminosas e outras plantas que promovem biodiversidade.

  • Explicações didáticas sobre os princípios da agroecologia e os benefícios do sistema agroflorestal.


A manutenção dessas áreas é integrada à rotina escolar, incentivando a participação contínua dos estudantes. Assim, o projeto garante que as agroflorestas não sejam apenas um elemento paisagístico, mas um recurso educativo de longo prazo.


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Impacto Social e Ambiental

O impacto do “Formigas-de-Embaúba” vai além dos muros das escolas. Ao reconectar os jovens com a natureza, a iniciativa contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados em práticas sustentáveis. As agroflorestas também melhoram a qualidade ambiental das regiões urbanas ao proporcionar refúgio para a fauna, melhorar a qualidade do ar e promover o equilíbrio ecológico.


Em 2022, o Ideologia Coletiva teve a oportunidade de participar de um plantio em Paraisópolis, uma das maiores comunidades de São Paulo. Durante o evento, conhecemos os coordenadores do projeto, Rafael Ribeiro e Gabriela Arakaki, que lideram a iniciativa com entusiasmo e dedicação. A experiência foi enriquecedora e mostrou como projetos locais podem gerar impactos positivos duradouros.


Como Apoiar o Projeto?

O “Formigas-de-Embaúba” é um exemplo de como iniciativas comunitárias podem transformar espaços urbanos em centros de aprendizado e sustentabilidade. Para saber mais sobre o projeto e contribuir, siga suas redes sociais: @formigasdeembauba. Participar de uma oficina ou ajudar no plantio é uma forma direta de apoiar e fazer parte dessa transformação.

 
 
 

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